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26 de janeiro de 2024

Drops #11 - Dragon Quest e o RPG de Mesa


Desde o início da indústria de jogos, os RPGs estão presentes. Com vários títulos de sucesso ao longo dos anos, o gênero nasceu, cresceu, se desenvolveu, inovou, estagnou, renasceu e se consolidou como um dos grandes pilares dos jogos digitais. Hoje em dia, temos jogos de ação, jogos de puzzle, e até jogos de ritmo com características e elementos de RPGs. 

No meio de toda essa história, existe uma série de jogos que nasceu no Japão, virou um fenômeno social, e dura até hoje como uma das franquias mais rentáveis e amadas dos jogos: Dragon Quest. Nessa postagem, eu proponho explorar quais são as principais características da série, o que significa se tornar um fenômeno social e o que isso implica para a série e como os sucessos e fracassos da série podem aplicar ao RPG de mesa e à sua mesa de jogo.

14 de julho de 2015

Drops #7 - R.I.P. Paço Alfândega



Olá Pessoal,

Ontem foi um dia triste para o RPG pernambucano. E não só para o RPG, para todos os nerds, geeks, otakus e simpatizantes da cultura pop em geral. O Paço Alfândega se igualou aos outros Shoppings da região e proibiu qualquer tipo de atividade.

Essa decisão trará um impacto grande na comunidade formada aqui na cidade. Lembro-me que no dia 3 de julho de 2008, este blog foi criado com o intuito de divulgar as aventuras do meu grupo de RPG. A primeira postagem comentava o quanto era bom estarmos no ambiente do Shopping, afinal, fomos expulsos de dois outros lugares pelo simples motivo de estarmos jogando RPG.

De 2008 pra cá, foram 7 anos de jogo, onde pude ver a chegada de outros grupos de RPG, e outros grupos de nerds: jogos de tabuleiro, card games, liga Pokémon de Nintendo DS, cosplays, e até gente que ia no shopping para conversar e encontrar os amigos.

Em todos os anos em que estive por lá, vi pessoas jogando, mas, ao mesmo tempo, consumindo coisas no shopping. Eu sempre que ia por lá acabava comprando mangás, jogos e/ou livros de RPG na Livraria Cultura (Geek.etc). Meus amigos faziam o mesmo. Em sessões longas de RPG, sempre dávamos uma pausa para comprar refrigerantes e lanches na praça de alimentação, nada mais justo pois estávamos usufruindo do espaço deles.

Mas nada disso será mais possível dentro do Paço Alfândega. Alternativas? Jogar na casa dos amigos, procurar lojas especializadas, luderias, procurar outros hobbies... Uma pena.

Agora, o que podemos fazer? Vários grupos no Facebook estão se organizando, vão usar a internet a nosso favor, e eu convido todos a fazerem o mesmo. Visitem a Fanpage do Paço Alfândega. Façam um Review de 1 estrelinha, dizendo o quão ruim é a decisão. Sejam educados, apresentem argumentos válidos. Comentem nas fotos com o mesmo afinco e educação. Vamos fazer a vóz dos RPGistas, Geeks, Otakus, etc ser ouvida.

Muito obrigado a todos os que leram até aqui e a todos que apoiarão a causa.

PS: Acho que vou mudar o nome do Blog. Me sugiram algo!

3 de agosto de 2014

Drops #1 - Alternativas às miniaturas


Olá pessoal,

Estreando um tipo de tópico que, acho eu, me permitirá postar coisas com mais frequência. Apelidado de Drops, estes posts tem como objetivo serem curtos e rápidos, para falar sobre assuntos diversos, relacionados ou não com RPG.

Pra estrear, decidi postar umas paradas divertidas que encontrei hoje pelo Shopping durante um passeio comum de domingo.





Trata-se de uma versão genérica da poderosa marca Lego, chamada de Kre-o. Fiquei meio surpreendido quando vi que os caras possuem licenciamento do D&D para fazer esse tipo de brinquedo ao mesmo tempo em que fiquei bastante feliz. Tendo em vista os preços que as miniaturas oficiais conseguem atingir e a versatilidade de um brinquedo de montar como esse, eu acredito que o Kre-o seja uma EXCELENTE opção para as mesas de jogo.

A marca também traz brinquedos com outras brands famosas, como Transformers, Tartarugas Ninja e Marvel Comics. E uma mensagem bem interessante estampada nas caixas: "Compatível com as grandes marcas". O que significa que você pode misturar seus Kre-o com os Legos velhos que você ou seus filhos possuem em casa, guardados em algum canto obscuro.

Por estas fotos, vocês podem observar um preço deveras salgado. Mas, fiz uma rápida busca pela internet e percebi que são realmente "Preços de Shopping", e que é possível fazer bons negócios na internet com valores muito menores sem muito trabalho. Comprando uns 2 ou 3 pacotinhos de Kre-o D&D mais uma caixa grande (daquelas com mais de 1000 peças) não se gasta mais do que R$200 e dá pra criar dungeons gigantescas, batalhas com hordas de inimigos  e ao mesmo tempo decorar sua estante de jogos com esculturas RPGísticas legais que estarão sempre mudando.


Edição do Post:

Depois de uma conversa bem legal no grupo de AD&D no Facebook, o Victor Portazio postou esse vídeo, que demonstra um pouco mais sobre a compatibilidade do Kre-o e das demais marcas de blocos existentes no mercado.


O vídeo mostra que elas são compatíveis entre si, com algumas ressalvas. O que são notícias muito boas para quem está afim de economizar um pouco e trabalhar a questão das miniaturas na mesa.

24 de novembro de 2013

Sidequest #47 - It's a trap!



O bom e velho dungeon crawl. Invadir a masmorra, derrotar os monstros, pegar o tesouro. Tão simples, e ao mesmo tempo, tão divertido, que até hoje os game designers usam essa fórmula. Mas, o que torna ela um clichê que funciona sempre? Como podemos variar essa fórmula de algum jeito? O que podemos usar para incrementar a experiência dos jogadores?

O bom e velho Ackbar

Um dos elementos mais importantes em uma aventura de masmorra são as armadilhas. Não existe um bom filme ou história do gênero em que o herói não precise escapar de uma ou mais delas. As referências estão todas aí para quem quiser ver: Indiana Jones, Uncharted, Tomb Raider, Simbad, MacGyver...

Armadilhas são uma ferramenta preciosa para o Mestre/Game Designer que deseja oferecer desafios maiores ao grupo (ou castigá-los). É sempre bom lembrar que, por maior que seja o poder de combate do grupo, poucos estão realmente preparados para lidar com armadilhas bem armadas.

No AD&D, encontrar e desativar armadilhas é uma habilidade exclusiva dos Ladrões. Uma vez que grupos típicos de aventureiros raramente apresentam mais de um ladrão (e as vezes nenhum), sua sobrevivência em uma dungeon com muitas armadilhas é incerta.

Aí um jogador mais espertinho pode pensar: "Meu bárbaro de nível 13 aguenta tem mais de 200 pontos de vida. Pode colocar quantas armadilhas quiser!". Pois bem, nem todas as armadilhas causam dano, algumas causam morte automática. Algumas aventuras clássicas do AD&D estão cheias destas belezinhas: Cair em um abismo sem fundo, ser esmagado por uma pedra gigante, ter o coração atravessado por uma estaca gigante... Você não perde pontos de vida, você morre.

Armadilhas Não Letais


Seus jogadores são como ratinhos...

Nem todas as armadilhas causam dano ou morte. Afinal, os proprietários da masmorra não costumam ser sempre assassinos sádicos. Inclusive, a maioria deles nem gosta de matar.

Muitas armadilhas possuem o objetivo de capturar adversários, como gás sonífero, jaulas que caem, portas pesadas que se fecham, jatos de super bonder (sim, já usei isso numa aventura de Vampiro) e coisas assim. Um exemplo legal é o observado no primeiro episódio de Record of Lodoss War, quando a elfa Deedlit tenta apanhar uma jóia e sua mão fica presa por uma espécie de algema de pedra (e depois ela afunda em um grande poço, se separando do grupo).

Falando nisso, armadilhas são ótimas para transportar vítimas de um lugar para outro contra a sua vontade. O alçapão se abre, a parede gira, os degraus da escada se retraem, lodo escorregadio cai nas plataformas onde os personagens estão... Até que eles terminam em um lugar escolhido pelo vilão, que pode ser uma prisão, uma arena de lutas, o ninho de um monstro ou ainda a parte de fora da masmorra. Portais mágicos também funcionam perfeitamente para esse objetivo, porque normalmente não são detectados. Em Undermountain, encontra-se portais mágicos em cada esquina.

É importante também ter em mente que separar o grupo nem sempre é uma coisa boa (para o Mestre). Dá muito mais trabalho mestrar para grupos separados e conduzir uma aventura legal sem que alguem fique entediado.

Uma armadilha mortal de ação lenta pode proporcionar momentos emocionantes em uma aventura. Um teto que desce, paredes que vão se fechando, gás venenoso, um compactador de lixo, etc. Ah, mas não se esqueça de sempre dar uma chance de fuga para os personagens. Não existe graça ao cair em uma armadilha que não se pode escapar.

Lembro-me de uma aventura que joguei com o Herson, ele colocou uma sala que se trancou no momento em que o grupo chegou lá. As portas eram pesadíssimas e ninguém conseguia movê-las. Na sala havia 8 estátuas de ferro, e na frente de cada uma delas havia uma chave pendurada. Quando um de nós pegou uma chave, disparou um mecanismo que jogava gás inflamável e venenoso na sala, além de acordar as estátuas de ferro. A situação era: O grupo deveria encontrar a chave correta para abrir a porta e sair (dentre 8 possíveis), enquanto as estátuas os atacavam. O contato das armas de ferro com as estátuas gerava faíscas, que produzia explosões por causa do gás. Foram momentos de terror e pânico...

Por fim, existem armadilhas que servem apenas para assustar, espantar intrusos. Em vez de um dragão perigoso preso na própria casa, o mago pode deixar preparada uma magia de ilusão que apenas dá a ideia de que há um dragão ali. Armaduras e esqueletos que se movem sozinhos estão nesta categoria.

Kagero: Um jogo que quase ninguém jogou


Kagero 2, para mim, o melhor.


Quando se fala de armadilhas, existe um sem número de jogos que vale a pena mencionar. Kagero: Deception é uma espécie de RPG ao contrário: Em vez de explorar masmorras e sobreviver a seus perigos, você é quem deve proteger uma masmorra contra invasores.

Da mesma forma que um Final Fantasy da vida, os jogos da série Kagero não seguem uma linha de história, embora todos se passem em mundos de fantasia medieval. No primeiro jogo, pouquíssimo conhecido e difícil pra caramba de se jogar, o protagonista era um homem. O segundo trazia Millenia, uma garota raptada quando ainda era uma criança pela raça imortal dos Timenoids; treinada no uso de armadilhas mortais, ela serve a mestres cruéis matando seres humanos sem questionar.

Kagero  retornou ao ocidente como Trapt
No terceiro jogo, lançado em 2000, a heroína principal  é a jovem Reina. E, seu aniversário de 17 anos ela e sua família são raptados por mercadores de escravos e levados ao reino de Alendar, onde o impiedoso rei Frederick ordena a morte de sua mãe e irmão adotivos diante de seus olhos, Mais tarde, na masmorra, ela recebe de um garoto uma pedra mágica que lhe permite ativar armadilhas mortais que ninguém pode ver. Reina fica transtornada quando descobre que pode matar. Mesmo assim, ela usa esse poder para escapar, tentar vingar a morte da sua família e proteger seus novos amigos.

Todos os jogos da série Kagero tem vários finais, que dependem de como você atuou e quais as escolhas que tomou. Quase todos os finais são trágicos: não há muita chance de que as coisas terminem bem quando você é um assassino neste jogo...

Embora seja pouco conhecido, Kagero conquistou uma fanbase ao redor do mundo com suas mecânicas peculiares e originais. A protagonista não usa NENHUMA habilidade de combate, exceto instalar e ativar armadilhas nos aposentos da masmorra ou castelo que protege. Você usa a si mesmo como isca enquanto tenta posicionar os inimigos de forma que caiam nas armadilhas. Estas podem ser de teto (rochas que caem, pêndulos, vasos, gases...), parede (lanças, flechas, lança-chamas...) e piso (minas, pisos que saltam, pisos magnéticos...). A grande estratégia está em fazer combos, atingindo o inimigo com várias armadilhas em sequência.

Armando a Confusão


Armadilhas para personagens = Armadilhas para ratos


É estranho que, com tantas referências espalhadas por aí, tanto para video game quanto para RPG, tão poucos tratem especificamente de algo importante como armadilhas.

Por incrível que pareça, o Livro do Mestre do AD&D não traz um capítulo inteiro sobre armadilhas. Na terceira edição, o Livro do Mestre traz alguns exemplos, mas nada aprofundado também. GURPS então, nem se fala...

Talvez isso aconteça justamente porque não é tão emocionante derrotar armadilhas. Elas não são oponentes ou criaturas: não podem ser degoladas, reduzidas a cinzas ou desenhadas por aquele brother do grupo que manja de desenho. Um guerreiro de alto nível é capaz de dizimar uma horda inteira de goblins sem fazer muito esforço, mas dificilmente vai conseguir fazer algo contra uma masmorra cheia de armadilhas...

Armadilhas são mortais, mas também frustrantes e impessoais. Não se pode revidar contra uma armadilha: a pedra cai na sua cabeça, você perde pontos de vida e apenas se conforma com isso (ou você vai esmurrar a pedra até ela desmanchar?).

Colocar armadilhas em excesso também pode fazer com que o grupo se torne precavido demais. Depois de cair em dois ou três alçapões, os jogadores vão começar a examinar minuciosamente cada centímetro do caminho - o que pode tornar a aventura lenta e chata.

Aventuras totalmente baseadas em armadilhas não funcionam. A melhor coisa que o mestre pode fazer é usá-las com moderação, para criar alguma tensão e desafiar grupos de grande poder. E também para que o ladrão do grupo não se sinta tão inútil e tenha algo pra fazer...

28 de dezembro de 2012

Mini-Cenários #7 - Grandia


Olá galera! Fico feliz de estar com tempo e disposição para ficar sempre postando no blog. Espero não ficar mais do que 1 semana sem postar nenhuma novidade. Uma coisa boa que trago é que eu vou voltar a jogar RPG. Achei um grupo que mesmo depois de velhos, gosta de jogar em Tormenta,  o cenário mais odiado do RPG Brasileiro. Adianto que eu não tenho nada contra ele, e, até gosto de várias sacadas que os autores tiveram. Independente de Tormenta ser uma cópia de um monte de coisas, o cenário tem sua importância para o mercado nacional de RPG, atuando como porta de entrada para muita gente dentro do Hobby. E, uma coisa que sempre digo, é que o MESTRE é muito mais importante do que o cenário onde a aventura vai se passar. É ele quem determina o clima, escreve a história, proporciona os desafios, entre diversas outras coisas. Vocês podem acompanhar a aventura clicando no link do lado direito deste blog.

Voltando ao post, hoje trago um Mini-cenário baseado em um jogo que eu curti muito quando era mais novo: Grandia. Pra mim, o melhor RPG da era do Playstation, superando DE LONGE o FF7 idolatrado por uma legião de pessoas fanáticas. Espero que gostem!



Grandia, o MELHOR RPG de PSX

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