A Quarta Edição do D&D recebeu muitas caretas e hate de um sem número de jogadores e mestres desde o seu lançamento. Até hoje, muita gente considera ela como um patinho feio das edições de D&D, principalmente porque muitos dos padrões, regras e sistemas que se consolidaram em edições anteriores foram deixados de lado. Muitos fãs das antigas sentiram como se esse fosse um jogo completamente diferente do que estavam acostumados, o que era verdade.
Com o grande sucesso da Quinta Edição, a Quarta tem cada vez mais se tornado uma pequena vírgula na grande história do D&D. Mas como alguém que jogou a 4e por um tempo bem grande, eu consigo ser bem sincero quando digo que o jogo tinha qualidades incríveis e, em retrospecto, fez muitas coisas corretamente. Muito do conteúdo da 5e tenta replicar de maneira diferente conceitos e aspectos introduzidos anteriormente na 4e, e muitos Mestres podem aprender bastante olhando para a ovelha negra da família D&D
7 - As classes eram bem balanceadas e diferentes entre si
Isso fez com que cada personagem se sentisse poderoso em seu nicho específico e não invadisse o espaço dos outros enquanto isso. Cada classe seguia um padrão de crescimento e desenvolvimento. Enquanto um mago ganhava uma poderosa magia nova, o guerreiro ganhava uma nova manobra de combate de poder equivalente, fazendo com que todo mundo ficasse feliz.
6 - Rolagens Defensivas Passivas
Na Quarta Edição, é sempre o atacante é sempre a pessoa que rola os dados em vez do defensor. Em termos de design, a sensação do jogador é que todas as suas ações são decididas por ele mesmo. Em outras edições pode ser realmente frustrante ver uma magia perfeita, com um dano incrível, falhar somente porque o mestre rolou um dado de sorte na defesa de todo mundo. Isso tira parte do sentimento de agência do jogador.
5 - Itens mágicos era bem balanceados
Os itens mágicos na Quarta Edição eram fundamentalmente diferentes em relação às outras edições. Eles não atuavam muito como recompensas especiais para os jogadores para serem distribuídas de acordo com os interesses do mestre, mas sim uma parte essencial da criação dos personagens e suas builds.
Tanto é que eles ficavam no Livro do Jogador em vez de em sua tradicional lista no Livro do Mestre. Os jogadores eram encorajados a criar uma wishlist de itens que faziam sentido para o personagem que criaram. Não é algo que todo mundo gostava, mas definitivamente é algo que adicionava uma profundidade ainda maior à criação e customização de personagens jogadores e sua trajetória nas campanhas.
4 - O combate usava quadrados em vez de metros/pés
O combate se tornou bem mais tático e emocionante, o posicionamento passou a importar muito mais e o seu papel dentro do jogo era relevante, possibilitando ainda mais a especialização de personagens. Esse era um dos aspectos que eu mais curtia na 4e.
3 - Monstros eram monstros e jogadores eram jogadores
Frequentemente eles tinham suas próprias habilidades, bem escritas e resumidas para fácil acesso do Mestre. Isso também ajudava a manter os jogadores engajados, pois eles nunca sabiam quais os truques que os inimigos tinham preparado para cada ocasião.
2 - Warlord era uma classe bem interessante
Isso permitiu que um arquétipo interessante ficasse disponível para além dos raríssimos Guerreiros com alto Carisma. O Warlord era inteiramente capaz de curar seus companheiros, proferir comandos táticos para que eles se movam em posições de vantagem e até mesmo atacar fora de seus turnos para fazer com que a party vencesse o combate.
1 - Skill Challenges
A Quarta Edição introduziu uma mecânica que servia para sistematizar desafios não combativos chamadas de Skill Challenge. Neste tipo especial de encontro, jogadores usam suas perícias em vez de suas habilidades de combate para superar os desafios propostos. Era uma regra perfeita para replicar cenas de ação, perseguições e fugas espetaculares que vemos em filmes.
Em alguns livros que saíram mais para o final da sua vida útil, a Quarta Edição chegou a introduzir Skill Challenges que eram usados dentro do combate e na exploração livre. Até mesmo itens mágicos que auxiliavam em Skill Challenges foram criados tamanha a versatilidade da mecânica.
Até hoje, pelo menos para mim, os Skill Challenges é uma mecânica que faz falta na 5E e merecia um revamp mais trabalhado.
2 comentários:
Esse do item mágico eu senti que foi indireta pra Flwcharia =x
Não sabia dos Warlords, seria legal ter um personagem assim na 5e. Será que se comprar nível de bardo ou clérigo dá pra ter algo parecido ou ainda não chega perto?
Excelente post! Me diverti bastante com a quarta edição e me arrependo de ter vendido os livros.
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